Somos livres(?)
O Senhor vê os caminhos do homem e examina todos os seus passos.
As maldades dos ímpios o prendem; ele se torna prisioneiro do seu próprio pecado.
Pv. 5:21-22
E conhecereis a verdade e a verdade vos libertará.
Jo 8:32
Deus nos chamou à liberdade, mas às vezes somos enganados com relação à liberdade que temos em Deus para vivermos nossa vida cristã. O mundo e o Diabo pregam que a liberdade é fazer aquilo que nossos 'instintos', aquilo que o nosso 'coração' manda.
Se somos de Deus, cada vez mais nossos corações e mentes estão ligados à Ele e nossas atitudes revelarão Suas características e obediência irrestrita. Porém, boa parte de nós pertence a este velho mundo e à nossa natureza pecaminosa e enganosa. É aí que o Diabo quer levar-nos.
Que liberdade é essa que ele nos oferece se, a todo tempo temos que alimentar os desejos insaciáveis da nossa carne? Se pudéssemos ouvir o que a nossa natureza humanda pecaminosa diz, seria como um animal feroz, que ruge em um som alto e autoritário: "Prazer! Prazer! Eu quero prazer!".
O prazer da carne é o maior entorpecente das nossas almas. A carne procura o prazer incessantemente, tentando preencher sua fome espiritual com prazeres fúteis e passageiros. Uma alegria de poucas horas vale a dor de nos afastarmos de Deus e ferirmos nossas almas e sentimentos eternamente. Viva todo o prazer da eternidade em apenas uma ocasião, uma vida.
Deus nos chama à liberdade, à visão de que somos mais, muito mais do que nossos desejos. A nossa felicidade plena está em sufocar os desejos da carne e fixarmos nossas almas nEle.
Quanto mais nos aproximamos de Deus, mais vemos que nossas vidas são muito, muito, muito mais do que nossos corpos ou do que algumas décadas que passamos neste mundo. O principal efeito do 'entorpecente das almas' é tirar de nós a nossa consciência de eternidade, de que o que aqui vivemos é infinitamente menor do que o que nossas vidas realmente são.
A liberdade que Deus nos oferece é o remédio que amplia a visão do nosso ser e do nosso valor diante dEle. Quando deixamos Jesus entrar em nossas vidas, a consciência de que não valemos nada (nossos corpos e precocupações mesquinhas daqui) e de que também somos a razão de Deus ter enviado Seu único Filho à este mundo, portanto temos um valor inestimável (nossa alma), se faz tão presente que temos vontade de explodir de alegria, de desejo de apegarmo-nos a Deus e ao seu Reino.
Viver a liberdade do Diabo é frequentemente sujeitarmo-nos a satisfazer nossos desejos (carne), não importa o quanto isto fira nossa alma. E mergulhamos nessa busca interminável de satisfazê-la dizendo que somos livres para fazê-lo, quando na verdade somos escravos dos nossos próprios prazeres.
Nossa alma deseja intimamente estar com Deus e o pecado afasta nossas almas de Deus. Somos levados a pensar que este afastamento faz com que Deus se distancie e se entristeça conosco, mas a nossa alma também se entristece, pois deixa de estar mais próxima do seu Criador.
Viver a liberdade de Deus é algo realmente desafiador, profundo e real. É uma liberdade que depende apenas de tomarmos a decisão de seguirmos a Cristo e seus mandamentos. De sufocarmos a carne e seus desejos e sujeitá-la à verdadeira alegria da certeza que não é nosso corpo que possui uma alma e sim nossa alma (eterna) possui um corpo (passageiro).
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