Segundo Capítulo do Livro "Eu sei que meu Redentor vive!"




Continuando a divulgação do meu livro, segue abaixo o segundo capítulo:

Eu sei que meu Redentor Vive! - Capítulo 2

    Satanás e seu exército rondam a Terra, observando as vidas das pessoas e agindo, conforme o grau de permissão que te para agir . Quando não está em nenhuma atividade fora do seu Quartel General, está sentado na sua cadeira, em um objeto que parece uma grande nave espacial, porém, gira em torno da Terra como um satélite.

O seu QG é equipado com todos os tipos de ferramentas de monitoramento, com soldados destacados para efetuar esta atividade e espalhados por todo o planeta. Outros soldados agem diretamente sobre a mente dos homens, tentando-os, enganando-os, mas sempre seguindo ordens dos seus comandantes que estão no QG.

A parte central do QG, onde Satanás monitora todas as atividades é parecida com uma sala redonda com diversas baias, em cada uma um comandante sentado, monitorando seus soldados nas telas de seus computadores e enviando ordens como via rádio, ou repassando situações ao Diabo para poder agir conforme seus planos.

Satanás senta-se ao centro, numa sala com vidros especiais, que se escurecem ao comando, para reuniões e ações mais privativas, possui também grandes monitores ao seu redor, próximos ao teto, de onde acompanha as principais ações das suas tropas e confere em tempo real estatísticas sobre a humanidade. Próximo a uma das paredes de vidro ficam um computador e alguns relatórios e estatísticas que precisam ser preparados para serem apresentados regularmente no Dia de Prestação de Contas.

Satanás está sentado à sua mesa com seu comandante responsável pela área onde Jó trabalha. Estão maquinando um plano para poder atingir a vida de Jó. Acontece que Jó, pela sua conduta com Deus, está sempre protegido pelos Anjos de Luz. A única forma de tentar enfraquecê-lo é usar um colega de serviço mais influenciável.

Neste momento estão tentando uma estratégia para fazer Jó baixar a guarda.

    - Atento soldado I-4656! - chama o gerente pelo rádio.

    - Na escuta, senhor! - responde o soldado.

    - Vamos agir sobre a vida de Jó, certo?

    - Certo, Senhor. Qual a estratégia?

    - Você está acompanhando as atividades do Ronaldo aí certo?

    - Sim, senhor!

    - Pois então. Vamos tentar Jó para ver se ele cai em pecado. Instigue-o com uma oferta bastante tentadora.

    - Afirmativo, senhor. Câmbio e desligo.

    O soldado I-4656 incita Ronaldo a chamar Jó para o grupo e ver se ele 'entra' na dele.

                                                                                                                                                

    - Ei, Jó! - Grita Ronaldo - Chega aqui!

    Ronaldo e mais uns 5 colegas estão na sua mesa vendo alguma coisa no computador.

    - Já vou! - responde Jó.

Jó se aproxima da mesa de Ronaldo. Ronaldo fala:

    - É o seguinte, eu, o Antenor e mais alguns colegas estamos comprando TVs LCD, aqui numa promoção imperdível. O produto é de primeira, da marca mais forte no mercado, tem um telão de 52 polegadas e é ‘Full HD’. Quanto mais pessoas comprarem, maior o desconto. Você quer entrar?

    - Deixa eu ver - responde Jó olhando para a tela do computador de Ronaldo. - Caramba, este preço está bem baixo, não?

    - Pois é, é agora ou nunca. - Responde Ronaldo - E aí tá dentro?

    - Sei não, por esse preço eu tô achando que é golpe, não? - Questiona Jó.

    - Não é golpe não! - responde Ronaldo, e fala prá Jó em tom de segredo - O esquema aqui é outro. Essas mercadorias são adquiridas de forma, digamos, duvidosa. Mas isso é problema deles com a fiscalização, ou com a polícia. Eu é que não vou perder essa.

    - Pois é, né Ronaldo. Depois você reclama da violência, da badernagem, dos políticos corruptos e de tantas outras coisas. Se esses produtos são roubados, o dinheiro que você está pagando prá esses caras vai financiar a compra de drogas e armas que, por sua vez, vão fazer a desgraça de uma família por aí, que pode ser até a sua mesmo.
    - Com esse dinheiro eles querem atrair seus filhos e os meus filhos para o consumo de drogas, com o dinheiro que eles ganham vendendo drogas compram mais drogas e mais armas. As armas vão prá realizar seqüestros, como o que aconteceu à pouco com o nosso colega Denílson, como você sabe.
    - Vivemos reclamando aí dos nossos governantes, mas pelo jeito, eles nos representam muito bem já que para o bem de poucos, por que não dizer do próprio umbigo, eles não se importam com a desgraça de muitos. Enquanto a nossa consciência de coletividade for menor do que a nossa consciência de individualidade o que vamos ver é isso aí, uns poucos ganhando muito prá muitos perderem tudo, às vezes até a vida por conta de um egoísmo porco.
    - Depois vem dizer que nós crentes somos um bando de despolitizados e imbecis. Esta consciência de coletividade é um dos princípios do cristianismo, quando Jesus responde que um dos principais mandamentos é amar o próximo como a si mesmo. Se você tiver essa consciência, não vai ficar 'sendo esperto' prá 'levar vantagem' e os outros que se virem.

Todos ficam calados e envergonhados. Ronaldo fala:
   
    - É, então você não vai querer mesmo não, né?

Jó responde seco, como se suas palavras tivessem sido fúteis:

    - Não. - E vira-se a caminho da sua mesa.

Chegando em sua mesa, o telefone toca, é o seu chefe Alberto o chamando para conversarem.

                                                                                                                                                

    - Me chamou, Sr. Alberto? - Fala Jó com o seu chefe.

     - Chamei sim. Faça-me um favor, sente-se aqui. - Fala Alberto apontando para uma cadeira em frente à sua mesa enquanto termina de ler alguma coisa na tela do seu computador.

     - Pois bem, Jó - continua Alberto - Como andam as coisas no seu setor . . . Gerência de Contas setor Sudeste, certo?

     - Vão muito bem, senhor. Hoje mesmo estou terminando o relatório mensal no qual o senhor poderá ver que, pelo 16o mês consecutivo ultrapassamos a nossa meta.

     - Muito bem, apesar de não ter visto ainda o relatório, já previa isto. - completa Alberto - Desde que você assumiu a gerência dessas contas, ela só tem me dado alegria. Mas preciso saber se você não anda vendo nada de suspeito acontecendo entre os seus subordinados. Parece que algumas informações de alta confidencialidade do setor de Contas andam 'vazando' para os nossos concorrentes e estamos tendo algumas perdas inexplicáveis nos 3 últimos meses no lançamento de  novos produtos, devido à similares na concorrência. Não dá prá reduzir muito a lista de suspeitos porque é um tipo de informação que todo o setor precisa saber e, em médio prazo, pode trazer prejuízos consideráveis.

     - Olha, sr. Alberto - responde Jó - eu realmente não tenho notado nenhum comportamento estranho da minha equipe. Na verdade eu tenho os visto até bastante motivados mas, diante disso, posso passar a observá-los com mais detalhes.

     - Agradeço muito Jó - responde Alberto - e gostaria de te pedir outro favor...

     - Claro sr. Alberto - responde Jó.

     - Mantenha esse assunto em sigilo. Confidenciei isto com você porque você é o que tem demonstrado mais ser digno de mais confiança dentre os gerentes. Alguns deles não sabem disso - e seria bom permanecer assim. Eu confio nas suas habilidades para poder esclarecer isso de uma forma 'menos dolorosa'. Você sabe que estamos indo muito bem no mercado e qualquer desconfiança deste tipo pode causar algum desconforto entre nossos clientes, investidores e empregados.

    - Tudo bem, sr. Alberto. - Responde Jó - Pode deixar que, da minha parte, não haverá qualquer comentário sobre este assunto que não seja direta e unicamente ao senhor.

    - Certo, Jó. Sabia que podia contar com você. E, por favor, tome cuidado com este assunto principalmente com o Roberto, estou quase certo de que tudo isso está saindo da conta dele, se não for dele próprio. - Confidencia Alberto abaixando-se para próximo de Jó como se contasse algum segredo.

    Jó faz uma feição de estar muito confuso com o que acaba de ouvir e responde também em tom de segredo.

    - Sr. Alberto, posso dizer que conheço muito bem o Roberto, pois entramos e crescemos juntos nesta companhia, poucos anos antes de o senhor vir para cá. Confio plenamente no seu julgamento até porque o senhor deve ter suas razões para tal desconfiança, mas não é escondido de ninguém que vocês dois tem pensamentos diferentes sobre alguns rumos que as contas dele deveriam tomar, e que a conta do Roberto, de forma semelhante à minha, tem tido destaque nas últimas apresentações corporativas.

    - E mais, sou amigo pessoal dele, e conhecendo-o como o conheço, não acredito que ele possa estar fazendo algo assim. Provavelmente, se isso realmente estiver sendo feito por alguém da equipe dele, deve ser de total desconhecimento do Roberto.

     - Olha, Jó - responde Alberto - sei da relação de vocês e das nossas diferenças de pensamento. Mas como você mesmo disse, tenho motivos concretos para desconfiar da equipe do sr. Roberto e até mesmo dele. Tanto esse asssunto quanto as divergências que tenho com o sr. Roberto são estritamente profissionais, respeito-o bastante como profissional e como pessoa, mas não estaria falando isso com você se não tivesse razão de fazê-lo e se não tivesse plena confiança de que o senhor tem a capacidade necessária para averiguar os fatos. Portanto, me ajude a saber a verdade, a preservar a nossa condição de líder de mercado no setor.

    - Foi o trabalho de todos que ergeur essa companhia e a trouxe à liderança do mercado. Eu não posso e não vou deixar que o egoísmo de uma pessoa derrube esta empresa.

    - Tudo bem, sr. Alberto - responde Jó - pode contar comigo para a resolução deste problema. Só gostaria de pedir ao senhor que me mantivesse informado sobre essa suspeita do Roberto, e de participar de eventuais conversas ou esclarecimentos que ele possa fazer, para poder me certificar que que essa suspeita realmente procede.

    - Com certeza, Jó. - Esclarece Alberto - Sei que você terá uma postura totalmente imparcial quanto à este assunto sem afetar sua amizade com o Roberto. E te manterei informado do que me for possível compartilhar com você para resolvermos essa situação.

    - Tudo bem, senhor - fala Jó levantando-se para sair - pode contar comigo.

   Apertam as mãos e se despedem. Jó se dirige a sua mesa ainda 'engolindo' a conversa que acabara de ouvir.

    Célio encontra Jó a caminho da sua sala e comenta sobre uma venda com um desconto alto para um novo cliente.

                                                                                                                                               

    - E aí Jó, o que eu faço? Pergunta Célio a um Jó com olhar distante, como se nem tivesse ouvido o que acabara de dizer.

    - Desculpe, eu estava prestando atenção, Célio, mas não consigo me concentrar para poder te responder agora. A gente pode conversar mais tarde sobre isso? Eu estou preciso fazer algo importantíssimo agora e dificilmente vou conseguir ajudar você nisso. Faça umas 3 propostas e me envie para eu olhar antes de fechar efetivamente a negociação. - responde Jó.

    - Posso te ajudar de alguma forma, Jó? - pergunta Célio curioso sobre o que deixaria Jó daquele jeito, pois só se lembrava de o ter visto assim quando acontecia algo preocupante com alguém da sua família.

    - Não, Célio, muito obrigado, é um assunto exclusivo da gerência. Mas pode deixar que é algo transitório, já já as coisas voltam ao normal.

    Célio despede-se de Jó e segue a fazer suas atividades. Jó chama Juliana, sua secretária, pelo ramal e pede para não ser incomodado pela parte da manhã, porque está resolvendo um assunto importante junto à Diretoria de Contas.

                                                                                                                                               

    Depois de um dia puxado, Marta está às voltas com as crianças para arrumá-las prá sair e esperando Jó chegar do escritório.

      - Vamos crianças, vamos! Seu pai está quase chegando e vamos todos para a igreja hoje! Fala Marta aos seus filhos para que se arrumem depressa, preparando-os para o culto de quarta-feira na sua congregação.

      - Mãããããããããe!! Onde é que está aquela minha blusa verde? - Grita Lúcia do seu quarto.

      - Calma Lúcia, não precisa gritar tanto. Ela está junto com as novas acima do gaveteiro do seu guarda-roupa, a Cida passou e guardou ela aí hoje mesmo que eu vi.

      Marta dirige-se aos quartos para ver a quantas anda a arrumação dos seus filhos. Quando passa pela sala vê Gilberto, o mais velho, sentado no sofá assistindo TV.

      - Ei! Gilberto! Faltam menos de 10 minutos para o seu pai chegar e você nem trocou de roupa!? - Questiona Marta.

      - Ih, mãe, num esquenta não. Hoje eu não quero ir prá igreja não . . . - Murmura Gilberto.

     Marta se aproxima de Gilberto e conversa com ele.

     - Olha, Gilberto, você tem todo o direito de não querer ir à igreja, ou de optar pelo seu próprio caminho. Você cresceu instruído tanto na Palavra de Deus como em conhecimento secular, sempre estudando nas melhores escolas e sempre bem orientado pelos pastores e líderes.

    - Você já tem 17 anos e está muito velho para que eu ou qualquer outro fique no seu pé dizendo o que você precisa fazer. Apenas peço que você tome as rédeas da sua razão e olhe em volta . . . Veja bem tudo o que temos, tudo o que conseguimos e, ainda mais você, que acompanhou todo o nosso crescimento financeiro, sabe mais do que qualquer um dos seus irmãos que nunca poderíamos imaginar viver como vivemos hoje. Mas graças à nossa dedicação a Deus e da busca incessante do seu pai, hoje somos o que somos e temos o que temos porque Deus mesmo se serviu de nos colocar todos esses bens à disposição para que administremos com sabedoria.

    - Pense bem. Se começarmos a viver em função das coisas que Deus nos deu ao invés de vivermos à disposição dEle, corremos o risco de que Ele nos julgue incapazes de termos o que temos e pese Sua mão sobre nós para tirar aquilo que nos impede de estar próximo a Ele. Ele quer que vivamos bem, Ele quer que sejamos felizes, mas acima de tudo Ele nos quer ao Seu lado, e é por isso que prestamos culto a Ele, como prova de desprendimento das coisas materiais, de gratidão e reconhecimento pela Sua benevolência, como meio de buscarmos o melhor que Ele tem a nos dar.

      - É, mãe, você tem toda a razão. Não é justo que eu pense apenas em mim mesmo aqui, me 'divertindo'. É quase uma ofensa a Deus querer deixar de louvá-Lo por tão grande bondade. Vou me arrumar agora mesmo. Um beijo.

     Gilberto beija a sua mãe e corre para o seu quarto se arrumar para sair. Marta desliga a televisão e começa a arrumar a sala. Neste momento chega Jó.
 
     - Olá querido. Tudo bem? Como foi o seu dia? Parece que não foi muito bom . . . - diz Marta se aproximando de Jó, o beijando e estranhando a feição do rosto dele.

     - É, amor, acho que não dá prá esconder . . . Mas a gente conversa sobre isto mais tarde. Agora vamos agilizar para chegar a tempo na igreja ainda.

     - Papai, papai, papai ! Grita Mateus correndo e abraçando Jó com carinho.

     - Olá, meu filhote. Papai sentiu saudades! Dá aqui um beijo bem gostoso.

     Enquanto carrega Mateus no colo em direção ao quarto para tomar um banho e se arrumar para ir à igreja Jó abraça e abençoa cada um de seus filhos, pegando um 'relatório' do dia e dando um pouco de atenção para cada um. Segue ao seu quarto e se arruma para sair. Ao chegar na sala, pouco mais de 20 minutos depois de ter chegado, todos estão prontos e esperando para sair.

     - Vamos! - Fala Jó abrindo a porta e convidando a todos para entrarem no carro.


                                                                                                                                               

    O pr. Júlio era um pastor experiente, sempre tinha muita sabedoria ao falar e exortava sua igreja com amor. Todos o admiravam pelo seu vasto conhecimento bíblico e pela forma como tentava envolver todos na obra.

                Nesta quarta-feira em especial, o pastor foi usdo para levar uma mensagem de conforto ao coração de Jó:

   - E Deus nos diz (Mateus 6:25-31) :

" Por isso vos digo: Não andeis cuidadosos quanto à vossa vida, pelo que haveis de comer ou pelo que haveis de beber; nem quanto ao vosso corpo, pelo que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o mantimento, e o corpo mais do que o vestuário? 
Olhai para as aves do céu, que nem semeiam, nem segam, nem ajuntam em celeiros; e vosso Pai celestial as alimenta. Não tendes vós muito mais valor do que elas? 
E qual de vós poderá, com todos os seus cuidados, acrescentar um côvado à sua estatura? 
E, quanto ao vestuário, por que andais solícitos? Olhai para os lírios do campo, como eles crescem; não trabalham nem fiam; 
E eu vos digo que nem mesmo Salomão, em toda a sua glória, se vestiu como qualquer deles. 
Pois, se Deus assim veste a erva do campo, que hoje existe, e amanhã é lançada no forno,  não vos vestirá muito mais a vós, homens de pouca fé? 
Não andeis, pois, inquietos, dizendo: Que comeremos, ou que beberemos, ou com que nos  vestiremos? 
(Porque todas estas coisas os gentios procuram). De certo vosso Pai celestial bem sabe que necessitais de todas estas coisas; 
Mas, buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas. 
Não vos inquieteis, pois, pelo dia de amanhã, porque o dia de amanhã cuidará de si mesmo. Basta a cada dia o seu mal

     Se o que Salomão teve não é nada comparável ao que os lírios têm, será que todos deveríamos ser mais ricos que ele, como se Deus tivesse um padrão de vida estabelecido para seus filhos? Acaso este texto obriga a pessoa de Deus a nos servir de bens, a nos sustentar com regalias? Claro que não. Deus diz aqui que provê meios suficientes para que confiemos que Ele estará conosco, que nada, por mais catastrófico ou surpreendente que seja não sai do Seu controle.  Nada que nos aconteça de bom ou ruim vem em vão. Deus quer estar conosco. Ele quer fazer parte das nossas vidas. Quer que tenhamos a consciência de que nós dependemos EXCLUSIVAMENTE dEle. Você tem um bom emprego? Você tem uma situação financeira razoável? Ou você precisa suar cada dia para trazer comida para sua família? Não importa. O que importa é a sua atitude para com Deus. De que adianta termos tudo do bom e do melhor e confiarmos nas riquezas ou nos bens? Deus com certeza não se agrada. Ou vivermos em uma 'miséria falada' porque falta dinheiro, que nós mesmos administramos mal e até mesmo roubamos do próprio Deus? Ou ainda vivemos a reclamar da nossa condição, mas não temos razão para fazê-lo.  Isso também não agrada a Ele. Ele quer que vivamos em prosperidade? Se a sua idéia de prosperidade é ter o suficiente para o seu sustento, para o sustento da Sua obra e ainda sobrar para ajudar a quem pouco ou nada tem, é essa sim a idéia de prosperidade que Deus fala aqui e em toda Sua Palavra.

    - As pessoas mais abençoadas materialmente são aquelas que mais tem a consciência de que são apenas mordomos, administradores. Estas pessoas possuem um coração doador, dispondo 100% dos recursos que Deus lhes dá para servi-Lo.

      - Na medida com que aprendemos a lidar com as coisas que Ele nos põe à mão para administrarmos como mordomos fiéis, Ele nos dá o que precisamos, e por vezes mais do que precisamos, para nos trazer felicidade também mas, principalmente, para sustentarmos a Sua obra aqui e ajudar aqueles a quem falta às vezes até o mais básico. Para sermos a mão de Deus estendida na Terra, para que as nossas ações falem mais alto do que as nossas palavras.

      - E nem na administração dos recursos que Ele nos dá somos desamparados. Ele tem sabedoria à disposição para nos dar, basta apenas pedirmos Vejam em Tiago  capítulo 1 versículos 5 e 6 : 

E, se algum de vós tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente, e o não lança em rosto, e ser-lhe-á dada.
Peça-a, porém, com fé, em nada duvidando; porque o que duvida é semelhante à onda do mar, que é levada pelo vento, e lançada de uma para outra parte.

    - Então até a própria sabedoria - irrestrita, ou seja, não apenas para administrarmos nossos recursos, mas em todos os aspectos das nossas vidas - nos é dada pelo próprio Deus. E a sabedoria, assim como o Seu amor, nos é dada de forma liberal, abundante, basta apenas pedirmos da maneira correta.

     - Eu sei, e Deus muito mais do que eu, que cada um de vocês aqui possui uma luta pessoal. cada um enfrenta seus problemas e dificuldades de forma diferente. Deus não detalha maneiras como lidar com os problemas. A Sua Palavra não é um ‘manual de instruções’ onde vamos encontrar um comportamento ou uma orientação bem específica para cada situação individual. A Sua Palavra é o caminho para conhecermos mais a Ele e, quanto mais nos aproximarmos dEle, mais compreenderemos Sua essência e aí, sim não estaremos simplesmente seguindo regras escritas como robôs, mas estaremos vivendo em um nível de comunhão tão profundo que saberemos e sentiremos através do Seu Espírito qual decisão tomar em cada momento de nossas vidas. Ele quer apenas se fazer presente quando enfrentarmos qualquer problema. Ele quer que nós vençamos apoiados por Ele e pela Sua Palavra, fugindo do pecado. Às vezes essa atitude implica que o impaciente tenha paciência, que o passivo aja com rigor, ou seja, que lutemos contra a nossa natureza para demonstrar a natureza dEle.

     - E Ele está aqui hoje, com os seus ouvidos e olhos atentos ao nosso clamor, à nossa necessidade e quer nos ajudar. Não a comprar o carro do ano, tampouco a cobrir o cheque especial, mas a nos ajudar a descansar em Seus braços. E, descansando nos Seus braços, focando nossos esforços no Seu Reino e Justiça, sentiremos as conseqüêcias tendo nossas necessidades preenchidas, nossas preocupações seculares deixadas em segundo plano e veremos a bênção de Deus para cumprir-se por completo em nossas vidas.

    O pastor continuou sua ministração, mas após ouvir estas palavras, Jó sentiu-se reconfortado pelo próprio Deus, ciente de que tudo o que afligira sua mente naquele dia já estava sob os  Seus cuidados. Sentiu um conforto tão grande que lhe trazia uma sensação física de leveza. Jó abaixou a cabeça e agradeceu a Deus por não estar sozinho e pediu a Ele que o enchesse de sabedoria para lidar com a situação que estava enfrentando sem pecar.

    Findo o culto, Jó foi cumprimentar o pastor Júlio.

    - Graça e Paz, pastor! Sua palavra hoje foi inspirada! Me atingiu como um oásis no deserto. - Falou Jó.

    - Amém, irmão Jó! Sou grato por saber disso. Mas você sabe, palavras por si só são apenas palavras, o que realmente faz a diferença é o Espírito de Deus e a receptividade do espírito humano em escutar a Sua voz.

- Mas, mudando um pouco de assunto, preciso conversar um pouco em particular com você, irmão. Você pode me dar uns cinco minutos após eu terminar aqui? - Questiona o pr. Júlio.

    - Claro pastor, sem problemas. Te aguardo no portão principal. -  responde Jó.

    Após alguns minutos, o pr. Júlio se aproxima de Jó no portão principal da igreja. Jó encerrava uma conversa.

    - E aí, Jó meu irmão, como vão as coisas? - Inicia a conversa o pr. Júlio

    - Vão bem, graças a Deus, pastor. Por mais que os meus problemas queiram me afligir, sinto e vejo que Deus age em meu favor, nem sempre como eu espero, mas sempre do melhor jeito. - responde Jó.

    - Amém. Ainda bem que você vê as coisas desse jeito. Mas o que eu quero conversar com você é um assunto pessoal. Você está sabendo que o irmão Jailton está sendo transferido no seu trabalho para outra cidade, certo? - questiona o pr. Júlio

    - Estou sim, pastor. Que pena, prá gente né? Ele trabalha tão bem aqui, não só na nossa igreja, mas também na nossa comunidade. - responde Jó.

    - É, eu também sinto isso. Mas se é da vontade de Deus, ele vai prosperar onde quer que esteja. O que acontece é que, com a saída dele, fica em aberto uma vaga no conselho administrativo da igreja, e em deliberação com os atuais membros do conselho, seu nome é unanimidade para assumir o lugar dele. Eu, pessoalmente, acredito que mesmo numa provável assembléia geral para votação dos membros dificilmente seu nome seja negado ou superado por qualquer outro membro. Então, gostaria de te propor a sua candidatura para assumir este posto. Não precisa responder agora, pode pensar. Mas preciso de uma resposta sua o tão breve quanto possível, pois falta menos de um mês para o irmão Jailton se mudar definitivamente.

                                                                                                                                                 
  
    Jó chega em casa e começa a se preparar para deitar. 
  
    - Vamos crianças, já está tarde e amanhã vocês tem aula. Todos para cama! - Ordena Jó aos seus filhos. 
  
    - Ah! Pai, só mais um pouquinho, deixa . . . - Reclamam em uníssono Mateus, Leandra e Fernando, que estão assistindo TV. 
  
    - Olha aqui, papai vai vestir o pijama e tomar um leite. Enquanto isso vocês podem assistir TV. Assim que eu chamar novamente todos prá cama, OK? - Negocia Jó. 
  
    - Tá bem papai - Responde Fernando por todos. 
  
    Jó segue para o seu quarto onde Marta já está terminando de se arrumar para dormir. 
  
    - Vem, querido - chama Marta - vamos deitar que amanhã é um novo dia, e eu quero saber o que você ia me contar sobre o que o estava deixando tão transtornado hoje quando chegou. 
  
    - Uaaaaahhh! - Boceja Jó - Pois é, depois desse dia puxado esse convite é irrecusável. Vou vestir o meu pijama, tomar um copo de leite, colocar as crianças prá dormir e a gente conversa, OK? - Pergunta Jó beijando sua esposa. 
  
    - Tá bom, só não garanto estar acordada até lá -Respone Marta se jogando na cama e pegando o seu livro para ler. 
  
    Jó veste o seu pijama segue a até a cozinha, passando pelo quarto de Lúcia, que já dormira e pelo quarto de Gilberto que estava no computador. 
  
    - Vê se não estende muito esse turno hoje hein rapaz! - Jó fala com Gilberto. - Alguma novidade sobre aquela entrevista de estágio? 
  
    - Tem sim. Começo a partir da próxima semana. - Responde Gilberto se virando para o pai. 
  
    - Que bom. - Responde Jó - Estou feliz por você, se quiser conversar algo sobre primeiro emprego amanhã à noite a gente pode conversar um pouco. 
  
    - Acho que vai ser interessante, pai. - responde Gilberto - amanhã a gente conversa então. Ah! Pode deixar que eu já estou desligando o computador. Boa Noite, pai. 
  
    - Boa Noite filhão, dorme com Deus. - responde Jó, deixando Gilberto no quarto. 
  
    Jó segue para a cozinha e percebe que Mateus e Leandra apagaram no sofá mesmo. Segue até a cozinha, prepara um lanchinho e, enquanto o leite esquenta no microondas ele coloca seus 2 filhos nos seus quartos. 
  
    - Fernando! Filhão! - Jó acorda Fernando já 'mais prá lá do que prá cá'  - Vai prá cama, vai! 
  
    - Tô indo, pai - Responde Fernando desligando a TV e se levantando para deitar-se. 
  
    Jó segue até a cozinha e toma seu lanche tranquilamente, pensando sobre o seu dia. Quando vai deitar-se, percebe que Marta já havia dormido aparentemente há algum tempo. Dá um beijo nela e fala cochichando ao seu  ouvido: 
  
    - Amor! A gente conversa de manhã cedo antes do culto doméstico, tudo bem? 
  
    Marta balança a cabeça, concordando e dormindo ao mesmo tempo. Jó deita-se e abraça a sua esposa, caindo num sono profundo.
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E este é o segundo capítulo da história recontada de Jó. O terceiro capítulo será publicado nos próximos dias...

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