O Fruto do Espírito - Parte 7, Bondade


Não mintam uns aos outros,visto que vocês já se despiram do velho homem com suas práticas e se revestiram do novo, o qual está sendo renovado em conhecimento à imagem do Criador.(...)
Portanto, como povo escolhido de Deus, santo e amado, revistam-se de profunda compaixão, bondade, mansidão e paciência. Suportem-se uns aos outros e perdoem as queixas que tiverem uns contra os outros. Perdoem como o Senhor lhes perdoou. Acima de tudo, porém, revistam-se do amor, que é o elo perfeito.
Cl 3:9, 10, 12, 13 e 14

O sexto efeito do fruto do Espírito nas nossas vidas é a Bondade. Sermos bondosos vai muito mais além do que compartilharmos bens ou dinheiro, mas vai ao ponto de compartilharmos alegria, amor, felicidade e tantas outras bênçãos que Deus tem nos dado cada dia.

Viver a bondade de Deus em nós é refletir a bondade que Ele manifestou para que fôssemos salvos. O próprio Deus não foi rápido em executar a Sua justiça diante do pecado do homem, mas agiu com amor, dando ao homem uma nova chance de reestabelecer um relacionamento íntimo com Ele.

Da mesma forma, devemos saber que a justiça deve operar cercada de bondade, deixando de exigir um pagamento imediato de falhas cometidas, dando espaço para que o amor possa se manifestar através do perdão.

Deus é justiça, mas mesmo a justiça Divina só opera no tempo oportuno, para que possamos ter tempo de avaliar nossas atitudes e, refletindo seriamente, podermos nos arrepender e buscar no sacrifício de Cristo o pagamento pelos nossos erros.

A bondade de Deus se manifesta, então, retardando a Sua justiça, para que possamos ser salvos da condenação certa. Da mesma forma a bondade em nossos corações deve refrear o nosso senso de justiça imediata, dando espaço ao arrependimento e ao perdão.

Um ato de bondade requer uma pessoa em posição superior (ofendido) e outra em posição inferior (ofensor). Pois quando ofendemos alguém, criamos uma dívida de justiça para com ela, sendo ela a credora da ofensa que causamos.

Quando agimos com bondade, damos a oportunidade para que, através do perdão, possamos nos colocar como Deus nos quer: em posição de igualdade uns com os outros. Para haver a bondade, deve haver um perdão verdadeiro, concedido antes mesmo do ofensor se arrepender e deve haver um arrependimento verdadeiro, disposto a não cometer a mesma falha novamente.

Somos desafiados a demonstrar a bondade de Deus desta forma, deixando operar o perdão e a restauração através do amor e da justiça de Deus, não dos homens.

Atos de bondade revelam o caráter de Deus em nós. Mas a verdadeira bondade ocorre em humildade, sem a necessidade de que pessoas não envolvidas vejam o ato em si. Não devemos alardear nossas bondade em doar grandes quantias em dinheiro ou em perdoar grandes pecados cometidos contra nós, mas deve ocorrer e permanecer tão oculta quanto possível entre os envolvidos.

Dessa forma o próprio Deus há de honrar nossa bondade. E muito mais do que honra e reconhecimento de homens, a honra que vem de Deus é muito maior e muito mais fortalecedora em nossas vidas.

Vivamos a bondade pelo Espírito, em humildade. Lembremo-nos sempre da bondade de Deus para conosco, nos perdoando de tudo o que fizemos, sem se importar com o quão sujo estávamos, mas nos oferecendo a chance de sermos lavados e limpos pelo sangue do Cordeiro.

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