O Fruto do Espírito - Parte 8, Fidelidade
Os lábios mentirosos são abomináveis ao SENHOR, mas os que agem fielmente são o seu prazer.
Pv. 12:22
O sétimo efeito do fruto do Espírito nas nossas vidas é a Fidelidade. A palavra fidelidade geralmente nos lança ao conceito de fidelidade conjugal, que é o compromisso que cada cônjuge assume de entregar-se exclusivamente ao outro. De que forma podemos expressar a fidelidade como uma característica que o Espírito produz em nós?
Tomando por base ainda a fidelidade conjugal, é notado então que, primeiramente, a fidelidade é um ato de amor, de entrega, um compromisso de andar de acordo com regras pré-estabelecidas e não desviar-se delas. Ser fiel à Deus implica em sermos fiéis aos compromissos que estabelecemos, sejam eles conjugais ou não.
A fidelidade que precisamos demonstrar é uma qualidade que nos faz pensar à respeito de qualquer compromisso que assumamos. A fidelidade começa antes do compromisso, na sabedoria em decidir quais compromissos em quais níveis devemos assumir, cientes da nossa capacidade de cumprí-los e de que a outra parte envolvida sabe de que forma estaremos cumprindo com nossa parte no acordo estabelecido por este compromisso.
A quebra do compromisso, do acordo por uma das partes não libera a outra de cumprir a sua parte, a não ser que isso seja estabelecido anteriormente e a parte infiel assuma sua infidelidade e expresse o desejo de não continuar em acordo.
Em 2Tm 2:13, Paulo nos escreve acerca da fidelidade de Deus: "se somos infiéis, Ele permanece fiel, pois de maneira nenhuma pode negar-Se a Si mesmo.".
Se Deus permanece fiel, devemos permanecer fiéis. Se um dos cônjuges é infiel, não justifica a infidelidade do outro. A quebra de um acordo sempre traz consequências. Entramos em acordo com Deus quando entregamos nossas vidas a Ele, e Jesus é o garantidor deste contrato.
O contrato original de Deus estabeleceu que o nosso relacionamento com Ele não pode ocorrer em pecado, mas o pecado entrou e contaminou o homem, o tornando incapaz de, por si só, reestabelecer seu relacionamento com Deus.
Deus então, estabeleceu regras para que o pecado fosse apagado e o homem tivesse uma nova oportunidade de relacionar-se com Ele de novo. E, em Jesus, estabeleceu uma nova aliança, mediante a qual as regras para que fôssemos livres do pecado fossem cumpridas e pudéssemos estabelecer um relacionamento profundo com Ele.
Quando aceitamos o sacrifício de Jesus na cruz em remissão aos nossos pecados, nos colocamos em condição de relacionarmos novamente com Deus e a cláusula que previa a ausência de pecado é satisfeita, para mantermos nosso relacionamento com Ele, precisamos ter o compromisso de uma vida santa, fugindo do pecado e confessando-os para que sejamos perdoados em Cristo e desfrutemos de íntima comunhão com Deus.
Devemos demonstrar a mesma fidelidade que Deus nos demonstra, guiando nossas atitudes conforme compromissos que estabelecemos, em primeiro lugar com Deus, em segundo lugar com nosso próximo.
Cumprir nossa parte em um acordo demonstra o caráter de Deus em nós e revela ao mundo a verdade de Deus: Os princípios cristãos são a base para uma sociedade mais sustentável, baseada em confiança sólida, não frustrada.
A fidelidade deve ser a base de nossas vidas, independente de que estejamos perdendo algo ao agirmos com fidelidade, pois Deus recompensará a nossa fidelidade com a manifestação grandiosa da sua infinita misericórdia.
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