Conhecer a Deus

Por esta razão, desde o dia em que o ouvimos, não deixamos de orar por vocês e de pedir que sejam cheios do pleno conhecimento da vontade de Deus, com toda sabedoria e entendimento espiritual.
E isso para que vocês vivam de maneira digna do Senhor e possam agradá-lo, frutificando em toda boa obra, crescendo no conhecimento de Deus e sendo fortalecidos com todo o poder de acordo com a força da sua glória, para que tenham perseverança e paciência com alegria, dando graças ao Pai, que nos tornou dignos de participar da herança dos santos no reino da luz. Pois ele nos resgatou do domínio das trevas e nos transportou para o Reino do seu Filho amado, em quem temos a redenção, a saber o perdão dos pecados.
Cl 1:9-14


O homem tem, por natureza, o desejo de conhecer tudo o que o rodeia: o ambiente, seus fenômenos e regras; as pessoas e as formas como elas reagem a determinadas ações, os animais, o universo e tudo enfim.

Deus também tem sido objeto de infinitos estudos, na tentativa entendê-Lo da maneira mais completa e tangível possível, dentro dos limites do conhecimento do homem. Acontece que esta tarefa não é nada fácil e, por vezes, toma tal lugar em nossas vidas, que nos impede de viver uma vida cristã plena.

Pode o homem tentar conhecer a Deus e afastar-se dEle? Sim. Quando focamos em tentar entendê-Lo, podemos focar tanto nossos esforços em ampliar nosso conhecimento dEle que nos esquecemos que fomos chamados para a santidade, para uma vida sem pecado, razão pela qual o próprio Deus enviou seu único Filho aqui.

De outra maneira, viver o sobrenatural de uma vida santa nos permite viver em uma dimensão de comunhão com Ele tal que, palavras não podem exprimir o sentimento e a sensação de ter o próprio ser preenchido com o Santo Espírito de Deus. Sabemos que O temos, sabemos que Ele esta em nós, sabemos o que Ele quer de nós, portanto tomamos conhecimento dEle através de uma vida santa dedicada. Compreendemos Sua ação sobre nós e nos aprofundamos numa relação tão íntima que nos sentimos satisfeitos de estarmos com Ele.

Se pudéssemos esquadrinhar uma parte do Seu ser talvez estaríamos felizes e completos, mas Deus não Se revela em quem busca o conhecimento dEle através de estudos, leituras, interpretações e muitas palavras. Ele Se revela nos momentos íntimos de oração, de busca do Seu Reino e da Sua justiça.

A plenitude de conhecermos a Deus vai muito mais além do que conseguirmos definir Sua pessoa e ação sobre nós. Vai ao ponto de nos sentirmos extasiados em Sua presença, não importa o quanto saibamos de Bíblia, ou de história bíblica ou de grego ou de aramaico ou das mais diversas áreas do conhecimento que o homem criou. A alegria de vivermos livres das correntes do pecado nos aproxima dEle e nos faz não querer sair de perto.

O conhecimento que deve abundar em nossas vidas é o conhecimento que nos permita viver uma vida santa e agradável aos olhos de Deus. A partir daí , Ele mesmo nos permitirá conhecê-Lo e, no instante que passarmos a conhecê-Lo mais, mais certeza teremos que a limitação humana é insuficiente para que possamos conhecê-Lo através que qualquer ciência ou combinação de Ciências que o homem possa criar, pois o conhecer a Deus é diferente de conhecermos os fenômenos naturais e tudo o que nos cerca.

Devemos sim, estudá-Lo, aprofundarmo-nos nas ciências que nos deêm compreensão de todas as formas como Deus interage com o homem mas, cientes de que todo esse estudo e dedicação não passa de um esforço para entendermos a interação entre Criador e criatura, e não a pessoa de Deus em Si.

De acordo com o apóstolo Paulo no texto acima, o primeiro passo para conhecermos a Deus é estarmos ao Seu lado, através do perdão que temos em Cristo. Em seguida, devemos dedicar nossas vidas em prol da Sua obra, vivendo de maneira digna do Senhor agradando-O e frutificando em toda boa obra.

Uma vida dedicada ao Reino de Deus e desligada das preocupações e assédios do mundo e das tentações da carne é a chave para que possamos conhecê-Lo. Esta experiência é individual, inexplicável e contrária à forma do conhecer natural, pois nos desafia a lançarmo-nos no desconhecido e viver uma vida de Fé acima da razão. E mesmo sabendo plenamente que a vida de Fé vale a pena, nossa carne sempre nos puxa para vivermos baseados em razão, em causas e efeitos.

Busquemos pois então cada um de nós vencer este desafio de Fé, de matar a razão que tenta sempre definir e explicar os caminhos e mecanismos de tudo ao nosso redor e saber que entregando as rédeas da nossa vida secular e material nas mãos dEle, ainda que seja absurdo à luz da nossa razão, é a chave para termos uma comunhão íntima com Ele e, mais do que podermos ler a Sua Palavra, possamos senti-la fluindo através de nós, vivendo-a intensamente em todos os momentos e sendo tomados pelo conhecimento de Deus ao nos lançarmos em Sua total dependência.

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