As Tribulações

Não só isso, mas também nos gloriamos nas tribulações, porque sabemos que a tribulação produz perseverança.
Rm 5:3

Quem nos separará do amor de Cristo? Será tribulação, ou angústia, ou perseguição, ou fome ou nudez, ou perigo, ou espada? (...)
Mas, em todas estas coisas somos mais do que vencedores por meio daquele que nos amou. Pois estou convencido de que nem morte nem vida, nem anjos nem demônios, nem o presente nem o futuro, nem quaisquer poderes, nem altura nem profundidade, nem qualquer outra coisa na criação será capaz de nos separar do amor de Deus que está em Cristo Jesus, nosso Senhor
Rm 8:35, 37 à 39

"Só na prova, irmão . . . " - Quantas vezes escutamos essa frase ao perguntarmos a alguém como andam as coisas?

Mas Deus quer que nós vivamos em um nível diferente ao encararmos as dificuldades que a vida nos mostra. Ele quer que sintamos Sua presença e Sua ciência de que não estamos sós.

Logo após receber a notícia de que perdera todos os seus bens e seus filhos, Jó falou: "Saí nu do ventre de minha mãe, e nu partirei. O Senhor deu, o Senhor o levou; louvado seja o nome do Senhor" (Jó 1:21).

Que consciência tremenda a de Jó em crer que era apenas mordomo dos bens que possuía! Ele tinha uma mente que Deus quer que tenhamos: A de que as coisas deste mundo são passageiras e todo seu valor é irrisório diante do valor da nossa alma.

Mais do que preservarmos nossa casa, ou carro ou qualquer outro bem, Deus quer que preservemos nossa alma, nossa fé. Era esse sentimento que Ele valorizava ao confrontar o Diabo com relação a Jó: uma alma voltada a Deus, independente de sua situação.

Então, precisamos encarar as tribulações de forma diferente: As nossas necessidades de qualquer recurso material é suprida por Deus, na medida que aprendemos e vivemos que o mais importante é a nossa fé e a intensidade com a qual nos entregamos à Sua obra, "Buscai, pois, em primeiro lugar o Seu reino e a Sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas" (Mt. 6:33). Essas palavras de Jesus são precedidas pela exemplificação da provisão de alimento que Deus dá aos passarinhos, e a provisão de roupa aos lírios.

Podemos crer e nos entregar completamente a este princípio, certos de que Deus nos conduzirá em tudo o que precisarmos, se vivermos na dimensão de que o material é nada diante do que Ele tem preparado para nós. E se Ele preparou um reino ETERNO, com tudo que precisamos para sermos felizes, o que é, para Ele, prover nossas necessidades materiais e transitórias?

O que mais nos impede de recebermos as bênçãos materiais é nos deixarmos estar presos a este mundo. Quanto mais desprendidos formos das coisas daqui e mais conscientes formos da nossa eternidade, menos nos preocuparemos em ter ou ser, mais nos preocuparemos que Ele seja exaltado através de nós e menos necessidades sentiremos, pois elas serão todas supridas por Ele.

Paulo fala ainda mais, de gloriarmo-nos nas tribulações, porque elas produzem perseverança em nós. Então, devemos mudar o nosso ponto de vista ao olharmos para as tribulações, como a forma que Deus tem de aperfeiçoar-nos para a Sua obra

As tribulações devem ser pesadas de acordo com seu efeito em nossa fé. Se podemos perseverar em Deus no meio da tribulação, podemos erguer a cabeça e seguir certos de que Ele será por nós.

Se nada nos separa do amor de Cristo, então, o que nos impedirá de vencermos as tribulações será somente nossa fé. As tribulações devem fortalecer a fé, não desafiá-la. Elas não são uma oportunidade para provar a fidelidade de Deus, mas sim a nossa.

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