A Justiça Divina


Assim, quando você, um simples homem, os julga, mas pratica as mesmas coisas, pensa que escapará do juízo de Deus? Ou será despreza as riquezas da sua bondade, tolerância e paciência, não reconhecendo que a bondade de Deus leva ao arrependimento?
Rm 2:2 à 4

Quando somos vítimas de qualquer injustiça, sempre procuramos, em primeiro lugar, agir conforme nosso julgamento para que a justiça seja feita. Se tomamos uma fechada no trânsito, nos sentimos obrigados a retribuir da mesma forma e, dependendo das circunstâncias, xingamos, gritamos, gesticulamos ou até mesmo 'damos o troco' ao motorista desatento que nos ofendeu.

Quando impossibilitados de efetuar a justiça com as nossas próprias mãos, intentamos e, por vezes, até mesmo vamos à justiça humana para resolver uma questão simples, que não trouxe nenhum prejuízo material e o prejuízo moral é facilmente esquecido depois que a cabeça esfria.

Por fim, diante da impossibilidade de executar a justiça com as próprias mãos e de não acionar a justiça comum por causa da lentidão ou da ineficiência dela, rogamos a 'praga da Justiça Divina'. Essa sim eficaz e certa, de acordo com nossos conceitos.

Acontece que, quando clamamos a Justiça Divina, estamos certos de que Deus há de fazer acontecer com o acusado exatamente a mesma coisa que ele fez conosco, e por vezes até o sentenciamos a uma pena dobrada.

Mas a Justiça Divina verdadeira não é uma sentença certa e imediata, que impõe uma pena eficaz e justa ao acusado. Como vimos no texto acima, a Justiça Divina é precedida por uma série de outros atributos de Deus que permitem que o acusado seja livre de todas as acusações através do arrependimento e do perdão.

E, segundo o mesmo texto, quando desejamos que essa justiça seja executada de forma imparcial e imediata, atraímos sobre nós o juízo de Deus. Será que realmente queremos ser julgados por Deus, que sonda os corações e conhece o nosso íntimo?

Mais adiante, Paulo fala: "Deus retribuirá cada um conforme seu procedimento" (v.6). Então, se procedemos solicitando a execução da justiça em todo tempo ao invés de perpetuarmos a misericórdia que Ele mesmo tem nos dado, poderemos sofrer as penas da ação da Justiça Divina sem termos tido tempo de nos arrepender.

Pratiquemos a todo tempo a misericórdia e o amor para que sejamos cheios da misericórdia e do amor de Deus, e sejamos perdoados sem sofrer a sentença Divina como consequências das nossas atitudes.


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